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Espaço de Pesquisas

Oi! Este é um espaço do qual você pode pesquisar e encontrar histórias de mulheres que participaram do nosso projeto por todo o Brasil! Legal, né? 

Pra usar, basta digitar no espaço de pesquisa alguma palavra-chave, por exemplo: alguma profissão, alguma cidade, algum tema... 

 

É o nosso verdadeiro banco de dados - o primeiro, da história das mulheres que se relacionam afetivamente

com mulheres - e precisa ser valorizado! ♥

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Outras páginas (192)

  • livro | Documentadas

    Aline e Aya audio

  • Dalle e Dyanne | Documentadas

    Somos um projeto que conta a história de mulheres que se relacionam com mulheres. Documentadas caminha ao lado do empoderamento da comunidade LGBT. Dállete estava com 26 anos no momento da documentação. É natural de União dos Palmares, interior de Alagoas e, sendo uma mulher descendente de indígenas/quilombolas, carrega isso muito forte em seu corpo. Foi criada por sua mãe e por parte da família materna numa cidade chamada Carpina, localizada na zona da mata norte pernambucana, onde morou até os últimos anos quando decidiu cursar direito no campus do sertão de Pernambuco, sendo a primeira pessoa da família a cursar faculdade. Dálle adora fotografar e durante a faculdade conseguiu se sustentar e realizar diversos trabalhos acadêmicos com a fotografia - criou um projeto fotografando as comunidades indígenas e quilombolas que tinha acesso, viajou para Brasília, Amazonas e Bahia, apresentou os registros em diversos lugares e ganhou prêmios. Até hoje cultiva o hobbie e a veia artística. Dyanne estava com 27 anos no momento da documentação, é natural de Carpina, zona da mata norte de Pernambuco, e conta sobre sua infância ter sido toda na igreja. Não lembra de algum momento antes dos 11 anos de idade não ter sido dentro da Igreja Petencostal do Sétimo Dia, foi só durante a pandemia de Covid-19 (com ela já sendo uma mulher adulta), quando tudo estava fechado, que viu a oportunidade de sair da religião e conhecer outros lugares. Entre as tarefas na religião, gostava de cantar e tocar violão. Foi lá, também, que conheceu Dálle. Dálle foi cristã muitos anos, quando entrou na universidade entendeu a grandiosidade do mundo - e do que era a sua vida em si: as violências que já havia sofrido, a cultura que carregava e o que significava seu corpo. Foi quando entendeu que poderia gostar de mulheres - de pessoas em geral - e que a sexualidade não define caráter. Dyanne sempre achou mulheres muito bonitas, entendia isso desde a adolescência, mas nunca soube como era o mundo para além da sua família e da igreja. Quando apareciam coisas para fora “da sua bolha” na televisão, o pai trocava de canal… Foi uma pessoa muito protegida. Entendeu o que era o contato físico entre as pessoas no ensino médio - e foi também quando pensou sobre a possibilidade de sentir algo por outra mulher. Mas, logo cortou a possibilidade, até porque não era sobre mulheres em geral, era sobre uma mulher especificamente. Mesmo assim, nunca chegou a acontecer nada, o medo que sentia do “pecado” era muito maior. Na época em que tudo isso aconteceu na escola, Dyanne chegou a conversar com uma psicóloga sobre: contou que estava conversando com uma menina e que achava que gostava dela. Coincidentemente, os pais estavam em separação e a psicóloga orientou que ela estava depositando a falta que sentia da mãe na busca por um afeto feminino, dizendo que ela “confundia as coisas”, mas não, que não gostava de mulheres, apenas estava confusa. Ela entendeu isso como um diagnóstico e, toda vez que sentia isso, ainda que anos depois, pensava “Nossa, ainda não passou?!”. Por mais que no decorrer dos anos tivesse admiração por outras mulheres, a primeira mulher que de fato se envolveu foi Dálle. [mais uma vez, fica claro a importância de buscarmos profissionais da saúde que nos enxerguem e nos acolham de verdade] Por mais que Dálle e Dyanne começaram a sua relação amorosa já adultas, são amigas de infância por conta da igreja e da vida no interior pernambucano. Sempre foram amigas confidentes, se tratavam com muito carinho e dividiam uma paixão imensa pela leitura de O Pequeno Príncipe, mas nunca haviam se olhado além da amizade (ou compartilhado a paixão por mulheres em suas conversas, pelo contrário, se entendiam enquanto mulheres héteros… e nem conheciam outras possibilidades). Fizeram uma prova de ENEM juntas - e essa prova para quem é da religião Adventista era totalmente diferente porque os sábados são guardados, então era feita durante um dia inteiro. Elas relembram o quanto se cuidavam durante a prova, nas filas e nos intervalos. Entendem que há 6 anos vivem essa relação amorosa e há 6 anos descobrem diariamente quem são, porque sempre viveram longe das outras culturas. Só em 2024, por exemplo, furaram as orelhas para colocar brincos pela primeira vez. Lembram dos primeiros eventos que foram: junto de um grupo que formaram com outros amigos LGBTs que saíram da igreja por não serem aceitos, foram ao carnaval pela primeira vez e achavam que seria horrível, o caminho todo passando mal com o medo do caos, o pensamento de que era o “Satanás” tomando tudo… e quando chegaram era lindo, muito colorido, com muitas crianças na rua e todos dançando maracatu. Dálle sempre foi uma mulher que performa feminilidade, usando roupas coloridas e maquiagem. Enquanto Dyanne possui um estilo que não gostava de usar batons diariamente, usava mais as cores preto e cinza… e todos falavam muito dela por conta disso, como se “já esperassem” que ela não fosse performar a heterossexualidade desejada. Porém, foi Dálle quem “saiu do armário” primeiro e contou para Dyanne que havia beijado uma menina. Quando estavam juntas, numa situação em casa, se encostaram e sentiram um frio na barriga. Não foi intencional, estranharam e pensaram “O que aconteceu ali?” mas, quando passaram próximas de novo, fizeram questão de encostar novamente para ver se iriam sentir. E deu certo. Naquele mesmo dia, algumas horas depois, Dálle estava na casa de um amigo e mandou um meme brincando para Dyanne, no desenrolar da conversa ela demonstrou o interesse em beijá-la. Acabaram não falando mais sobre isso, só deixaram a vida seguir o rumo, até que surgiu uma viagem para Recife à passeio, junto de outra amiga. Nessa viagem provaram cerveja pela primeira vez, já se sentiram diferentes uma à outra, conversaram a noite toda e finalmente ficaram juntas. A partir desse momento sabiam que queriam seguir juntas, acreditavam muito no que sentiam, mas havia o medo perante tudo o que aprenderam na igreja e de tudo o que precisariam enfrentar com suas famílias. O começo do namoro girou um ano em torno do medo e do preconceito com que a família (e a igreja) olharia o relacionamento e o amor que viviam. Contam o quanto foi doloroso, passaram muito tempo afastadas, depressivas e morando em lugares distantes. Questionavam o tempo todo “Será que é isso mesmo que Deus quer pra gente?!”. Se apegaram muito aos livros, liam no telefone juntas e isso amenizava a distância. Também pensavam em todas essas regras criadas na sociedade, esses julgamentos sobre elas, quem tem o poder sobre isso? Em suas palavras: “A gente entendeu que o amor de Cristo superava esse preconceito, sabe, e que Ele queria ver a gente livre. E tem um versículo da Bíblia que fala, né, de que foi para a liberdade que Ele nos criou. E ser livre é ser quem a gente é. Então, a gente decidiu que iríamos ficar juntas. E depois dessa decisão, estamos aqui, até hoje, assumidas.” Viveram longos processos conversando com suas famílias sobre o relacionamento. Alguns, inclusive, que só foram acontecer aos quatro anos de relação. Mas quando entenderam que o amor supera o medo e permite sonhar novamente, decidiram criar novos sonhos - e assim chegaram até Recife morando juntas, adotaram os bichinhos, criaram um lar… a vida tomou outra forma. Hoje em dia comemoram cada detalhe: desde passar datas comemorativas como um Natal juntas, até postar uma foto nas redes sociais, receber os familiares em casa, pegar nas mãos andando nas ruas… todas as coisas que por tanto tempo não puderam fazer. Dyanne pediu Dálle em casamento no Rio de Janeiro, num pedido que inicialmente deu errado mas depois deu certo, no show do Coldplay. Também fizeram união estável durante a pandemia de Covid-19, inicialmente por questões burocráticas de plano de saúde, mas hoje entendem a importância que isso representa. Sonham em realizar uma cerimônia em algum momento, com seus amigos, familiares, fazendo jus ao amor tão acolhedor que compartilham. Por mais que a história que viveram não foi fácil, tentam não demonizá-la, porque é intrínseca ao que elas são. Cuidam da mente e do coração para seguir sendo boas uma à outra e se permitem viver, experimentar, sentir as coisas… já que passaram tantos anos sem acesso ao mundo de verdade. Entendem que estão sempre em ressignificação: ressignificam a religião, Deus, o lar, a família, o amor… E querem encontrar a liberdade de viver a própria vida, o direito de cada um ser quem é. ↓ rolar para baixo ↓ Dállete Dyanne

  • Oi, eu sou o doc! | Documentadas

    Documentadas caminha ao lado do empoderamento da comunidade LGBT. Vem participar você também! chega pra cá, vai ser um prazer te conhecer! O Documentadas é um banco de documentação sobre mulheres que amam outras mulheres, com o intuito de registrar historicamente o amor entre lésbicas, bissexuais e pansexuais (cis e/ou transsexuais), construindo uma literatura que até então era inexistente sobre essa população. Completando quatro anos em março de 2025, o projeto já documentou mais de 460 mulheres em 15 estados brasileiros. Para além de contar as histórias de casais brasileiros, o .doc acredita em 4 vias para atingir mudanças reais na nossa sociedade brasileira: gerar empregabilidade, divulgando as profissões e trabalhados exercidos pelas mulheres que participam do projeto; Gerar conexão com encontros presenciais e online; Espalhar artes pelas ruas falando sobre o amor entre mulheres combatendo o preconceito em espaços públicos; Gerar atendimento psicológico através da plataforma, contando com 25 profissionais oferecendo serviços de apoio psicológico e psicanalítico online por valores populares (atualmente, mais de 200 mulheres já passaram pelos nossos atendimentos). > para além da documentação > Acreditamos que a igualdade de gênero pode ser alcançada por meio do combate ao machismo e através da equidade de oportunidades de fala/escuta. Além disso, entendemos que criar um banco de dados de fácil acesso, para a divulgação de ofícios exercidos por mulheres que amam outras mulheres possibilita, assim, oportunidades de contratação dos serviços prestados pelas mesmas, uma vez que os ambientes de trabalho tendem a ser espaços de conflito e preconceito quando não oferecem diálogos e reeducação social. Visibilizar as histórias de mulheres de diferentes corpos, raças e classes sociais exerce um papel fundamental para o reconhecimento dessas populações vivas. o .doc já passou por 15 estados brasileiros, contando histórias de mais de 460 mulheres. QUER COLABORAR COM O DOC PARA QUE ELE TENHA MAIS LAMBES POR AÍ OU NOS CHAMAR PARA UMA EXPOSIÇÃO EM ALGUM LOCAL? ENTRA EM CONTATO PELO SITE OU NO E-MAIL: FERNANDA@DOCUMENTADAS.COM o .doc para além do .doc Entendemos também que a representatividade é algo extremamente importante para construção da subjetividade, tendo como intuito divulgar histórias que inspirem e motivem outras mulheres a se reconhecerem e valorizarem suas próprias histórias e histórias de amor, quando a coerção social, imposta pela heteronormatividade, diz o contrário. ainda podemos ser podcast cursos ou palestras exposições produtos curtas referência em saúde mental LGBT+ cartilhas inclusivas e muito mais! empregabilidade, psicologia, conexão, arte urbana viu a gente pela cidade? Estar na rua nos abriu a possibilidade de troca com públicos antes inalcançáveis. Passamos entre universidades, boêmias e comunidades. Se as mulheres amam outras mulheres em múltiplos espaços, acreditamos que nossa arte também deva ocupar múltiplos espaços. Foi através das técnicas arte urbana como lambe-lambe e stickers que começamos a espalhar uma frase famosa por aqui: “Toda mulher merece amar outra mulher”, além de uma tiragem de 1500 fotografias de casais que já participaram do projeto, com intervenções gráficas escritas por cima e o @documentadas, identificando nosso Instagram/site. quer contratar o documentadas para uma palestra na sua empresa, propor parcerias, fazer alguma reportagem ou conhecer mais sobre o nosso trabalho? entre em contato aqui pelo site ou mande um e-mail para fernanda@documentadas.com

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