E
esse
lambe aí?
Acreditando na potência do Documentadas para além das redes sociais e do mundo online, decidimos colocar o projeto na rua conversando com os espaços das cidades por onde passamos.
Foi através das técnicas arte urbana como lambe-lambe e stickers que começamos a espalhar uma frase famosa por aqui: “Toda mulher merece amar outra mulher”, além de uma tiragem inicial de 300 fotografias de casais que já participaram do projeto, com intervenções gráficas escritas por cima e o @documentadas, identificando nosso Instagram/site.
Estar na rua nos abriu a possibilidade de troca com públicos antes inalcançáveis. Passamos entre universidades, boêmias e comunidades. Se as mulheres amam outras mulheres em múltiplos espaços, acreditamos que nossa arte também deva ocupar múltiplos espaços. Tal fato foi - e está - sendo possível pela impressão/colagem por valores acessíveis (afinal, o projeto é independente) e também por permitirmos ouvir a linguagem das ruas. Seguimos monitorando os espaços colados através da localização nas redes sociais, vendo postagens com fotos que as pessoas tiram deles e quais são as reações positivas/negativas ao ver essa manifestação.
POR QUE NOSSOS LAMBES NÃO DURAM NAS RUAS?
Nossos lambes são arrancados, vandalizados, riscados… Isso fala sobre muitas pessoas ainda serem lesbofóbicas e terem ódio ao saber que duas mulheres podem - e merecem - se amar em público, infelizmente. Porém, em nenhum momento um lambe riscado é arrancado para que outro seja colado em cima, pelo contrário: é importante deixar ali para que o preconceito também fique escancarado perante uma manifestação de afeto les-bi. Não deixaremos de colar nossos cartazes e adesivos. O Documentadas é uma forma de combate ao preconceito, enquanto houver cartaz, cola, pincel e adesivo, estaremos colocando nossa arte na rua e ouvindo o que a rua tem a nos dizer.