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Mesmo a Mariana e a Bruna estando juntas há um tempo relativamente curto, elas já viveram diversos momentos no relacionamento - inclusive, no período que nos encontramos até o momento da história delas ir ao ar, várias mudanças também aconteceram! - e entendem que esses processos vêm sendo muito importantes para a construção delas enquanto um casal. 

 

A Mari tem 26 anos, nasceu no Rio de Janeiro, é lojista, estava trabalhando em uma loja no shopping, e também realiza trabalhos enquanto ilustradora. As pessoas encomendam ilustrações com ela para presentear quem amam (e ela adora desenhar, por isso, sonha em um dia transformar o talento e aprender a tatuar). 

 

A Bruna tem 28 anos, também nasceu no Rio de Janeiro e trabalha com comunicação e marketing nas redes sociais, de forma autônoma. 

 

Juntas, elas aprenderam a desbravar a cidade e conhecer novos lugares: os espaços culturais do Rio (como o que fizemos as fotos), explorar espaços urbanos, ir em museus, restaurantes e cinemas.

O começo do namoro aconteceu em março de 2022, mas se conheceram em janeiro, quando ambas decidiram que não queriam namorar ninguém (enfim, as contradições da vida, né?!). 

 

A Mari, durante uma conversa no trabalho, baixou o aplicativo: Tinder. Foi uma brincadeira, para provar que era fácil de usar. Ficou nele literalmente três dias e deu “match” com a Bruna. Resolveu conversar, mas fora da rede social, pois logo iria excluir. 

 

O que mais chamou a atenção ao começarem a conversar foi o motivo de estarem muito próximas (e de morarem muito próximas, na região da Maré, no Rio de Janeiro). No aplicativo aparecia 1km de distância e nunca tinham encontrado alguém assim, as pessoas sempre apareciam mais distantes - e brincam também sobre aquela situação de que mulheres se apaixonam muito à distância - então valorizaram estarem próximas. Além disso, tinham outra coisa que valorizavam também: a terapia em dia. 

 

Bruna conta que se encantou com a beleza da Mari e logo quis encontrá-la. Elas marcaram, se deram muito bem, não pararam de conversar um minuto e decidiram se ver mais vezes. 




 

Logo nas primeiras semanas em que estavam se conhecendo, viajaram, ficaram distantes, mas continuaram conversando muito… E então entenderam que isso poderia ser um começo de paixão. Mas deixaram tudo fluir com muita calma e sem pressão.

 

Um tempo depois, a Mari resolveu convidar a Bruna para o aniversário dela. Foi uma decisão de última hora, porque ela tinha uma certa frustração com aniversários: sempre convidou pessoas com quem estava se envolvendo e essas pessoas nunca foram, falavam que aniversário era algo muito sério, não era “espaço para ficante”, portanto não iam. Dessa vez, foi diferente, ela convidou e a Bruna logo topou. Assim, a Bruna conheceu os amigos da Mari e todos se deram bem. Como o aniversário delas é próximo, ela também foi na festa da Bruna e também conheceu o grupo de amigos dela, então todos interagiram e foi ótimo. 

 

Nesse processo inicial, a Mari passava por mudanças de casa, então a Bruna acompanhou toda a adaptação do novo lar. Foi quando decidiu pedi-la em namoro, já que estavam construindo um relacionamento mais concreto. Foi com um bolinho, escrito: “Aceita ser promovida a namorada?” que a Mari disse sim.


Hoje em dia, a rotina da Mari e da Bruna não estava sendo nada fácil. Mari trabalhava em uma loja que exigia muito do corpo físico e mental dela: pela rotina puxada e cansativa que envolve uma escala de trabalho em Shopping, e também por enfrentar diversos comentários. Mari acredita que para amar outra mulher é preciso ter muita força, não apenas no enfrentamento aos preconceitos, mas no entendimento de que não há nada de errado no amor.  

 

Bruna fala sobre o quanto viver essa rotina com a Mari ensinou que amar é também priorizar, pois com a relação delas, aprendeu o que é incluir alguém em tudo o que faz: nos planos, no dia-a-dia, no compartilhar das coisas, e até na busca por um novo emprego para sair dessa rotina cansativa (conseguiram, ufa!!). Ela entende o amor das duas enquanto um amor político, porque ama a Mari por muitas coisas, inclusive por ela ser uma mulher. 

 

No começo, sentiram diversos receios e medos para postar fotos juntas, assumirem-se nas redes, mas depois não houve mais motivos para esconder isso - o amor delas é muito maior. Depois, quando postaram, a família super apoiou. Hoje em dia, ainda existe o medo, é claro: da violência nas ruas, do transporte… sonham em aproveitar a cidade com segurança, sendo quem são, mas não deixam de amar e de seguir pegando nas mãos quando saem na rua.  

 Mariana 
 Bruna 
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