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Foi num clube de leitura voltado às mulheres lésbicas que Mari e Bruna se conheceram, no começo de 2024. O clube funciona online, Bruna era uma das mediadoras e organizava um grupo de Whatsapp, quando Mari entrou e se apresentou. Surgiu o interesse porque Bruna sentiu tudo em comum: ela já tinha ido para o japão e Bruna ama viajar, gostam de coisas nerds, de gatos… Então decidiu seguir ela no Instagram. 

 

No decorrer dos dias, puxou assunto e a conversa fluiu. Brincam que é uma história bem moderna, essa ‘coisa de se conhecer online’. Mari correspondia ela no Instagram até que perguntou: “Mas afinal, de onde a gente se conhece?” E Bruna explicou que era do grupo de leitura. Como Mari chegou lá se apresentando, achou justo que agora fosse a vez de Bruna se apresentar também. Dias depois, Mari postou que adorava fazer brunchs e tomar bons cafés da manhã e Bruna a convidou para tomar um brunch no Theatro Municipal de São Paulo - local que inclusive fizemos a documentação acontecer.

 

Se encontraram no domingo, 11h da manhã, e mesmo achando bastante chique esse primeiro encontro ele foi emendado em vários outros acontecimentos: depois do Theatro passaram o dia caminhando em eventos culturais que aconteciam pela cidade. Quando já era noite, foram para um bar e demonstraram que queriam se beijar, mas ainda não haviam tomado atitude. Acabaram ficando juntas até 3h da manhã: um date que estava quase virando 24h. Se sentiam muito felizes por estarem se conhecendo, não queriam que o dia acabasse. 


 

No segundo encontro, Bruna cozinhou para Mari sua comida favorita. Sentiram-se cada vez mais próximas com o passar dos dias. Quando estavam completando um mês que se conheceram, Bruna contou que iria fazer uma grande viagem ao Sri Lanka e à Índia - parte por trabalho, parte por realizar um sonho e querer conhecer ambos lugares - Mari via sua preparação, a parte que iria tirar férias lá, toda a expectativa e perguntou “e se eu for?”. Foi uma grande felicidade para a Bruna.

 

Sentem que poderia dar muito errado ou muito certo. Estariam num lugar com uma cultura muito diferente, sozinhas, sem se conhecer tão bem… Antes de viajarem tiveram conversas muito profundas sobre a relação e sobre começarem de fato a se relacionar, nomear como um namoro, lidando com seus medos, trazendo suas bagagens. 

 

A viagem aconteceu com 4 meses de relação ao todo. Depois do trabalho que Bruna fez no Sri Lanka, Mari chegou e viveram uma semana por lá, depois mais 15 dias na índia. Foram muitas experiências diferentes, muitos perrengues e muitos momentos felizes. A viagem foi para o lado bom: o lado que deu certo. Elas até comentam durante a documentação: “A viagem em si deu várias coisas erradas, mas a gente nunca deu errado”. Entendem que a viagem só funcionou porque se ajudaram muito, principalmente nos dias mais ansiosos e difíceis - e assim seguem até hoje porque nos momentos difíceis se apoiam, nos momentos felizes comemoram e adoram descobrir e explorar juntas, como foram nesses dias longe do Brasil. 



 

Tanto Mari, quanto Bruna, adoram conversar. São pessoas tranquilas e não se veem brigando, discutindo algo de forma grandiosa… gostam de refletir bastante sobre a relação que constroem para melhorar ela e entender o que pode ser diferente. Se sentem muito à vontade para dizer o quanto estão ou não prontas para as coisas - Bruna cita o exemplo de que no momento não se sente pronta para morar junto, e que está tudo bem, com o tempo a relação irá amadurecer e isso acontecerá em fluxo. 

 

Amam estar juntas, assim como amam suas individualidades e seus espaços pessoais, suas rotinas intensas. Respeitam cada lugar e tentam não se atropelar no tempo, para que a relação se torne algo pesado no cotidiano. Mari entende que o amor que elas constroem é uma base, uma família, um acolhimento. Sente que a família da Bruna também à acolheu muito, foi “adotada” ganhando uma família nova, com um carinho enorme nessa aproximação. Adora fazer presentes de dia das mães para a mãe e para a avó da Bruna, saber que realmente pode contar com essa família e aprender um novo amor com elas.

 

Bruna completa que essa sensação que a Mari tem pela família dela, ela sente pelos amigos da Bruna. Ganhou novos amigos que adora, que troca meme, mensagens queridas, se sente acolhida e que realmente ama. Enxerga a relação de uma forma muito livre: não faz as coisas com a Mari porque está preenchendo uma “tabela de normas” e sente que precisa fazer, faz porque se sente bem, porque estão felizes juntas. 


Marianna estava com 32 anos no momento da documentação. É natural do Rio de Janeiro mas reside em São Paulo há oito anos. Trabalha como designer, sendo formada em publicidade e é apaixonada pela parte visual de conteúdos e por formar comunidades sobre, compartilhando conteúdos. Adora o mundo nerd, jogar videogame, assistir filmes e passar um tempo com o seu gatinho. 

 

Bruna estava com 34 anos no momento da documentação. É natural de São Paulo, adora conversar, é formada em história e entende que pertence à área de humanas, adora ler, escrever, trabalha e estuda as religiões e gosta de estar com pessoas. Assim como a Mari, Bruna também adora o mundo nerd, está sempre pesquisando e escrevendo algo sobre. Ela também adora viajar, já conheceu diversos países - parte por turismo, parte por trabalho, atuando diretamente na área dos direitos humanos.

 

No tempo livre, Mari e Bruna adoram aproveitar as múltiplas coisas que São Paulo oferece: seja uma agenda cultural diversa, um restaurante ou café. Adoram conhecer novos lugares ou aproveitar a cultura local.

 Marianna 
 Bruna 
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