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Sobre a cervejaria, Julia fala que além da Oripacha, sua marca, ela já desenvolveu várias outras e está no mundo cervejeiro há bastante tempo (que é muito forte em Porto Alegre). Ela fundou um coletivo chamado Ceva das Minas e lá promovem a cultura cervejeira para mulheres (não só produzirem, mas consumirem também) através de eventos e encontros. É um espaço muito importante que tem crescido consideravelmente na cidade. 

 

Por fim, elas adoram viajar juntas de carro e conhecer novos lugares, ou revisitar seus favoritos. A Denise já viajou bastante e morou em alguns lugares (São Paulo e Bahia, por exemplo). Com o amor pela viagem em comum, criaram um jogo em que toda semana sorteiam um país da América para fazer um jantar temático com um prato típico do lugar selecionado. 

 

Denise ensinou a Julia a ver o cinema brasileiro com um novo olhar, e Julia ensinou a Denise a apreciar as cervejas e os detalhes bons da vida. 

Julia ama andar de bicicleta. Denise ama escrever, fotografar e estudar japonês. Elas tentaram morar juntas por um tempo, mas tiveram algumas dificuldades e resolveram manter cada uma no seu espaço. Tudo serviu para amadurecerem e entenderem seus limites, serem mais honestas e sinceras sobre seus sentimentos. Elas entendem também o quanto a quarentena deixou tudo mais pesado e intenso, falam sobre cada relacionamento e cada ser tem suas especificidades e conversam bastante sobre tudo. 

 

Julia diz que o amor é como se fosse um canal para as coisas acontecerem. Não é algo que precisa ser dito o tempo todo, mas sentido. E entende que o amor está sendo demonstrado mais na nossa geração, que antigamente parecia ser menos expressado, menos falado. Ao mesmo tempo em que discursos de ódio estão mais discutidos, o amor também está nos libertando. Além disso, se sente mais acolhida se relacionando com outra mulher, sente mais empatia, proximidade e leveza.  

 

Enquanto isso, Denise acredita que o amor que se fala, na ideologia, é muito distante da realidade. Amor representa para ela um ideal de bondade com o mundo - a forma que nos relacionamos com o espaço, com a natureza, com as pessoas… não de uma forma super ‘gratidão’ e ‘namastê’, mas de sabedoria e cumplicidade. Ela acha que o amor romântico existe com qualquer pessoa, todos são capazes de se apaixonar e viver uma relação com alguém, mas que ao mesmo tempo todos são completos enquanto indivíduos: a “metade da laranja” não vem para nos completar, mas para nos acolher e nos deixar melhores.  

Julia e Denise se conheceram em uma cervejaria comandada por duas mulheres em Porto Alegre, a Macuco. Julia tem 29 anos e é cervejeira, Denise tem 34 anos e é cineasta. Ambas estavam com seus amigos no bar, até que a amiga da Julia foi embora e ela ficou batendo papo com as donas, que são amigas dela e, por coincidência, da Denise também. 

 

Um pouco antes de serem apresentadas, a Denise estava envolvida numa discussão sobre não se considerar bissexual por nunca ter realmente se envolvido (tido uma relação de longa data) com uma mulher, enquanto sua amiga estava dizendo que isso era um absurdo e que você não precisa ter ‘uma regra’ de namorar tanto tempo para se considerar bi. Nisso, ela foi pegar uma das cervejas preferidas dela e as donas do bar falaram “ah, Denise, quem fez essa cerveja que você tanto gosta foi a Julia”. Assim, se conheceram.    

 

Denise brinca que sempre foi de se apaixonar rápido e na hora já sentiu a paixão. A noite foi passando e sobraram elas, as donas e os amigos da Denise no bar. Em algum momento da conversa, a Júlia (que é muito tímida), encostou levemente na Denise - sinal o bastante (ao menos, na hora foi! hahaha) para ela entender que poderia rolar algo - ela estava certa, era um sinal de que a Ju queria, mas foi por um leve equívoco que elas se beijaram: o bar estava fechando e a Júlia disse “e ai, pra onde a gente vai agora?!” o ‘a gente’ da Júlia era: todo mundo… já o ‘a gente’ que a Denise entendeu era: nós duas. Antes de descobrir para onde iriam, Denise tomou a iniciativa e o beijo aconteceu.

 Denise
 Julia 
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