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O momento mais difícil que passaram juntas foi a chegada da pandemia, porque elas tinham uma realidade bem diferente em 2019, muito mais aberta e com maior liberdade aos encontros. Com a chegada da quarentena decorrente do Covid-19, elas passaram MUITO tempo distante, muito mesmo! Foram um total de 7 meses. A pandemia causou muito pânico na Ju porque toda a família dela se encaixa em grupos de risco e ela sentia muito medo de que algo pudesse acontecer com eles. Ainda sente, é claro, mas o risco estava maior por conta da avó dela, com mais de 90 anos, estar morando com ela. Não tinha a possibilidade dela sair de casa e, por mais que a Yas estivesse com muitas saudades, ela realmente entendia a situação.

 

A relação delas é baseada em muita conversa. Elas se apoiam bastante e conversam sobre tudo, dialogam sobre o que sentem. Hoje em dia elas conseguem se encontrar, a avó dela já não está mais residindo no Rio e elas seguem se cuidando bastante, mas conseguem se ver com maior frequência. A Yas comenta que foi como um relacionamento à distância estando na mesma cidade e elas brincam que mesmo tendo sobrevivido, não querem passar pela experiência novamente.  

 

Hoje em dia elas dão muito valor aos momentos juntas, desde que seja assistindo filmes bobos de clichês adolescentes, ouvindo todos os tipos de músicas ou deitadas na cama sem fazer nada, desde que estejam fisicamente no mesmo lugar. 

Foi no centro, inclusive, que elas se conheceram - em um encontro marcado através de um aplicativo de relacionamentos - o famoso Tinder. Elas não entendem até hoje como conseguiram dar “match” (o famoso combinar perfis), por conta de morarem muito distantes uma da outra e não colocarem uma localização que alcançasse tudo isso, mas conversaram, se deram bem e marcaram de se encontrar. O encontro rolou em um local também muito clássico de encontros de Tinder, o CCBB, um Centro Cultural. Porém, chegando lá, enfrentaram uma fila muito grande, desistiram e decidiram ir até a Escadaria Selarón (o local em que fizemos as fotos), um lugar que costumava acontecer rodas de samba, ter feirantes e bastante movimentação. 

 

Yasmin tem 23 anos, trabalha com telemarketing e mora em Bangu. Tem como referência familiar a mãe e é suuuuper tímida. A Juliana tem 22 anos, é professora de inglês e também trabalha corrigindo redações, ela estuda Letras - português/inglês e ama literatura. No dia do encontro, foi desenvolvendo o papo e com o apoio de várias cervejas&caipirinhas que a coisa foi fluindo, até que ficaram e a Ju chamou a Yas para ir até a casa dela (lá no Cordovil). Só que tinha dois detalhes importantes: 1. a Yas não sabia onde esse bairro ficava e 2. a Ju morava com os pais, que não sabiam que ela beijava mulheres. Descartando totalmente a importância desses dois detalhes (afinal, quem nunca?) (mas não façam isso, tá? saibam o local que vocês estão indo, principalmente no primeiro encontro!), a Yasmin acabou indo para a casa da Ju e chegando lá deu de cara com os pais dela. Foi tudo tranquilo (para todos, menos pra Yas, visto que ela realmente é bastante tímida), mas ela se passou pela amiga que morava longe e dormiu lá tranquilamente. 

 

Com o passar dos dias elas se encontraram mais uma vez, em Madureira, e assim foram amadurecendo a ideia de terem um interesse mútuo, se relacionarem, até que isso virou de fato um relacionamento, ainda em 2019. Hoje em dia, ambas famílias já sabem e as apoiam enquanto um casal, ficou tudo muito mais tranquilo! ♥

A Yasmin e a Juliana acreditam que amar é tentar, ao máximo, não ter medo. Entendem que na vida a gente sente medo, mas que o amor envolve também se permitir sentir esse medo. A Yas comenta que entendeu mesmo o que era amor quando se apaixonou pela primeira vez por uma menina, que sentiu esse nervoso no peito, esse brilho no olho. E hoje em dia ela ama amar a Ju e cultivar esse relacionamento. 

 

As duas são cariocas e sempre viveram no Rio, mas moravam em bairros um tanto distantes do centro quando se conheceram - a Yasmin em Bangu e a Juliana no Cordovil (e distantes entre si também). Elas comentam o quanto é diferente andar no centro da cidade e em seus bairros enquanto duas mulheres que se relacionam afetivamente com outras mulheres, recebem outros olhares, possuem outro tratamento. Elas gostam muito do centro e frequentavam bastante antes da pandemia, aqui sentiam a vida mais aberta a novas oportunidades.

 Yasmin 
 Juliana 
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